As Fio à Meada cantam e reinterpretam a música tradicional portuguesa, num diálogo entre as vozes polifónicas e o adufe. Trazem com elas canções, estórias e vidas de mulheres: lavadeiras, ceifeiras, mondadeiras, mães e filhas. Mulheres. São canções de trabalho, de resistência no feminino, de raízes e de construção de liberdade.

Projecto musical, performativo e activista criado por Lila Fadista, na voz e nas letras, e João Caçador, na composição e instrumentos. Tomando o Fado como principal ferramenta de trabalho, propõem uma exploração livre desse património, que ultrapassa algumas barreiras rígidas do Fado tradicional actual, particularmente a normatividade de género e o apagamento das contribuições e das experiências das pessoas LGBTQIA+, mas também a própria doutrina musical do que cabe dentro da denominação Fado, esticando musical e liricamente as fronteiras do seu domínio.

Cantora e compositora nascida na Baía, a sua música reflecte a complexidade e a diversidade de influências musicais afro-brasileiras e indígenas. De voz poderosa e sentimental, os seus ritmos são, ao mesmo tempo, sofisticados e ancestrais, mantendo vivos os sons regionais e a herança musical do Brasil. Artista versátil, compositora de temas originais e improvisados, toca diversos instrumentos e géneros musicais.